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HISTÓRICO

A Cia de Achadouros iniciou seus trabalhos em 2012, ainda com o nome de "A Melhor da Cidade Companhia Teatral",  com artistas que buscavam o aprofundamento no estudo das máscaras teatrais, desenvolvendo trabalho de pesquisa sobre a linguagem da palhaçaria, teatro de rua, intervenções urbanas e atualmente teatro infantil.

O grupo começou seus trabalhos com cenas criadas a partir da experiência dos atores na oficina “Núcleo de estudos em máscaras”, ministrado por Cida Almeida e Sofia Papo,  e tinha como base o trabalho do ator estruturado na linguagem das máscaras (Pré expressiva, expressiva, Comédia Dell’art, Bufão e clown). Após algumas apresentações públicas formaram ainda com Cida Almeida o Grupo GECA-3.

Em 2014, após conversas acerca da responsabilidade do artista enquanto cidadão e o fazer teatral coletivo, surgiu no grupo o interesse de pesquisar a região de São Mateus, bairro da zona leste de São Paulo. Realizamos então o projeto “O Espetáculo Mais Prestigioso do Século Vai à São Mateus”, que foi contemplado com o Programa VAI/ 2014. Após uma série de incursões à região fazendo intervenções urbanas e cortejos para criar vínculos com a comunidade e levantar material de cena, montamos  “O Espetáculo Mais Prestigioso do Século”, que contou com a direção de Sofia Papo e dramaturgia de Cida Almeida. Um espetáculo de teatro de rua com a linguagem do palhaço e números circenses que foi apresentado todos os domingos do mês de novembro no Parque Linear Zilda Arns em São Mateus, gerando grande impacto na população do entorno e no elenco pelo grau de envolvimento entre artistas e público.

No ano de 2015 a companhia consolidou sua pesquisa ao dar continuidade no aprofundamento da relação com moradores e transeuntes da região, experimentando a figura do palhaço como possibilidade de conexão, levantamento de dramaturgia e pesquisa de vivências em São Mateus. Desde então, o grupo vem realizando apresentações de seu espetáculo em equipamentos culturais, intervenções urbanas nas ruas dos bairros da zona leste e outros espaços culturais como Comunidade Toca da Onça.

As reverberações das ações em São Mateus fizeram com que o grupo direcionasse sua pesquisa para a ação do palhaço na rua, como interventor e facilitador de relações. Um palhaço que não necessariamente apresenta números ou cenas, mas que através de sua ação no espaço público promove uma quebra no tempo-espaço cotidiano, buscando a relação direta com seu interlocutor em momentos de partilha de afeto.

No ano de 2017 o grupo decide debruçar-se sobre as questões da infância na região, com o projeto: “Elogio à infância: Escavando os meninos que fomos”, trabalho que reúne histórias vividas com pessoas em São Mateus, memórias da infância dos integrantes do grupo e a poesia de Manoel de Barros.

O resultado deste processo é o espetáculo infantil "Os lavadores de história", que marca a segunda montagem do grupo em parceria com a diretora Tereza Gontijo e a dramaturga Silvia Camossa.

Em 2018, o grupo antes conhecido como "A Melhor da Cidade cia Teatral" passa a chamar-se Cia de Achadouros. Encontramos na poesia de Manoel de Barros o termo que melhor define a essência do grupo:

"Mas eu estava a pensar em achadouros de infâncias. Se a gente cavar um buraco ao pé da goiabeira do quintal, lá estará um guri ensaiando subir na goiabeira. Se a gente cavar um buraco ao pé do galinheiro, lá estará um guri tentando agarrar no rabo de uma lagartixa. Sou hoje um caçador de achadouros da infância. Vou meio dementado e enxada às costas cavar no meu quintal vestígios dos meninos que fomos."

Assim, damos sequência à nossa tarefa de partir pelos espaços em busca dos tesouros e memórias de infância, com a circulação do espetáculo Os Lavadores de Histórias no ano de 2018.

O espetáculo estreou e cumpriu temporada no Sesc Pinheiros, realizando circulação e temporadas em Sescs, Teatros Estaduais, no Itaú Cultural, em Casas de Cultura e Fábricas de Cultura. Cumpriu temporada também no Sesc Vila Mariana. Esse espetáculo recebeu 4 estrelas pela revista Veja São Paulo e indicação de direção revelação e melhor trilha sonora adaptada pelo prêmio FEMSA 2018.

O espetáculo circulou por Sescs (Ribeirão Preto, Campinas, São José do Rio Preto, Bauru, Birigui, Jundiaí, Taubaté, Sorocaba, Santo Amaro), teatros estaduais, no Itaú Cultural, em Casas de Cultura e Fábricas de  Cultura (Vila Curuçá, Sapopemba, Cidade Tiradentes e Itaim Paulista).

 

Cumpriu uma nova temporada no Sesc Vila Mariana em 2019, realizou durante a pandemia de COVID-19 uma temporada online contemplada pelo edital PROAC EXPRESSO LAB 38/2020, e em 2022 fez uma circulação por sete cidades banhadas pelo rio Tietê no projeto “Uma travessia aos meandros do rio Tietê ”, contemplado no edital PROAC/2021. Este edital resultou também na criação da intervenção artística “Varal de memórias”, na produção de um material gráfico educativo distribuído como programa para 1400 crianças e adultos e em um documentário com mais de 4.700 visualizações. Ainda em 2022, circulou também pelo Circuito Municipal de Cultura com o mesmo espetáculo. 

Em 2024, o grupo foi contemplado pelo edital FUNARTE de Ações Continuadas de Grupos e Coletivos Artísticos, circulando com o espetáculo por mais 7 cidades, com distribuição da revista-programa educativa para 500 crianças e adultos e a intervenção “Varal de memórias”.  Ao todo, a peça Os Lavadores de Histórias foi vista por cerca de 11.000 pessoas, e abrangeu ações de formação de público e documentação dos processos artísticos do grupo. Contemplada pelo edital de Difusão Cultural 20/2023, o espetáculo circulará ainda por mais 14 cidades entre 2024 e 2025. 

Em 2024, o grupo reestreou a sua contação de histórias encenada “Raízes, memórias e outras histórias”, antes chamada de “Origens do Brasil”, com nova direção cênica e musical e nova cenografia e figurinos. O espetáculo já realizou apresentações pelo Circuito Municipal de Cultura (2023), em escolas e casas de cultura, e circulou por 7 cidades do estado de São Paulo em 2024, com estimativa de público alcançado de 2.000 pessoas.

Além das apresentações teatrais, o grupo compartilha processos de formação desde 2014, ministrando oficinas de palhaçaria, teatro, intervenção urbana e teatro para crianças. 

 

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